Origens do muro de Berlim

 

Em 1933, Hitler, um ditador de extrema-direita, adquiriu o cargo de chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha. Defendia uma política imperialista, ou seja, queria que o país se expandindo à custa dos países vizinhos. Por isso iniciou uma série de anexações de territórios, até que a França e a Inglaterra lhe declaram guerra. Assim se iniciou  a 2ª Guerra Mundial, que começou a 1 de Setembro  de 1939, e só viria a terminar no início de Maio de 1945, com a derrota da Alemanha e dos seus aliados: a Itália e o Japão.

Esta guerra teve resultados devastadores: imensas cidades, vias de comunicação e indústrias ficaram completamente arrasadas. As perdas humanas também foram enormes: houve cerca de 50 milhões de mortos. A Europa ficou frágil e desorganizada. Os representantes de Inglaterra, Estados Unidos da América e União Soviética reuniram-se então nas conferências de Postdam (Alemanha) e Ialta (URSS) para estabelecerem a «nova ordem» mundial.

Ficou decidido que a Alemanha fosse dividida em quatro zonas, cada uma controlada por um país diferente: a leste, como era lógico, era a União Soviética a administradora; a noroeste estavam os  britânicos; a sudoeste, junto da fronteira com a França, estavam precisamente os franceses; e a sudeste governavam os americanos. Também Berlim, apesar de estar na parte oriental foi divida pelos mesmos países, ficando mais uma vez a URSS com a parte oriental. Cada país tinha de desmilitarizar a sua zona e livrar-se dos nazis.

Os Países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) ficariam integrados na URSS, que os ajudaria a orientarem-se e a reorganizarem-se. No entanto, a URSS também estendeu a sua influência e a sua ideologia a mais países europeus, ficando a Europa dividida. A Europa de Leste ficou sob a  influência da URSS; na Europa Ocidental foram os Estados Unidos que  espalharam a sua influência. Formaram-se então dois blocos políticos na Europa: a Ocidente o bloco capitalista, e a Oriente o bloco comunista. Entre eles baixou uma “cortina de ferro”, como afirmou Churchill.

Iniciou-se então a Guerra Fria: uma guerra em que não havia confrontos armados directos entre os dois blocos, mas existia uma enorme rivalidade. Utilizaram-se toda a espécie de meios entre os opositores, desde propaganda até ao apoio de conflitos armados de outros países, como foi o caso da Coreia. Estava-se numa época de grande tensão. Outra das características da Guerra Fria foi a corrida ao armamento nuclear e a conquista espacial.

O ponto máximo da Guerra Fria foi quando os Estados Unidos forneceram apoio económico à parte ocidental da Alemanha e de Berlim, cujas três partes (americana, francesa e britânica) se haviam

juntado. Mas Estaline, líder da União Soviética, considerou esse apoio financeiro uma afronta dos EUA e por isso, em 1948, bloqueou todas as vias e acesso ao sector ocidental da cidade. Mas a cidade continuou a ser abastecida graças a ajuda aérea (à esquerda). O bloqueio a Berlim, quase deu em guerra, mas acabou por ser levantado em 1949, formando-se a República Federal Alemã, a Oeste, e a República Democrática da Alemanha, a Este.

Em 1961, o governo da RDA construiu um muro (em baixo) sobre a linha que dividia as duas partes da cidade para impedir a passagem de pessoas de Berlim Oeste para Este e vice-versa.

 

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